Canção da Ressonância

"Canção da ressonância"

A quem consegue escutar
O que só o silêncio consegue expressar
E sente o uníssono da ressonância

Mãos que se cruzam
Enlaçando melodias
Como ondas que se afagam
Suspirando profecias

Verás, de tudo,
Sua geometria sagrada
Fios infinitos
de essência dourada
emergirem da transparência
verás sua incandescência
viverás na cadência
de Fogo

A canção que não estás a escutar
Abre o caminho para te libertar
Sente o uníssono da ressonância

Deixa a canção da tua luta
Desenhar o novo trilho
Tua vontade é batuta
Que abre o caminho
És maestro d'Alquimia
na sinfonia da tempestade
Pintando cores que se espalham
com intensa musicalidade
Esculpindo com Fogo
Destruindo cada jogo
Quebra o muro
entre mim e ti
Deixa o futuro
Ressoar em ti

Mudança
a compasso de espiral
é a Esperança
que falta a Portugal
emerge da transparência
vê tua incandescência
vive em cadência
na dança do Fogo

Mergulha onde perdes o pé
Faz do teu sonho Auto de Fé
Essa profecia tua irmã
E se consegues escutar
O que o silêncio está a suspirar
Canta essa subtileza nesta Manhã

Transição em alquimia cristaliz-acção

mesmo que este ano novo andemos espalhados por aqui e por ali

que nos lembremos sempre que o tempo e o espaço são ilusões da nossa percepção
que as projecções distorcidas que vêem das percepções intoxicadas não tenham qualquer poder sobe a simplicidade e intemporalidade do nosso coração e o quanto todos vocês estão sempre no meu

que consigamos sentir a ressonância do nosso coração batendo em Harmonia
Numa coreografia cósmica
numa sincronicidade perfeita de distintas melodias

e que consigamos pôr em prática o poder infinito da compaixão
estamos todos no mesmo barco...
há sempre alguém a quem dar a mão
há que ver para além de todas as máscaras
e ter coragem para abrir o coração

para que a cura se manifeste em todos os locais
se nossas intenções forem puras,
accionamos a magia de nossos corpos vibracionais...

e que quando fecharmos os olhos escutemos e sintamos a presença de todos ´
em União
caminhando para o mesmo horizonte
um horizonte de música, cor, alegria e esperança

que choremos até rir
que riamos até chorar...

que façamos a alquimia numa dança em constante cristalizar

e que cada momento seja um pilar no templo da inspiração
e que o passado vá com o vento
e que o futuro venha a passo lento

para cada presente ser vivido intensamente
com fé nas coincidências e respeito pelas consequências

que o fogo criativo se expresse e propague em cadências

que a sagrada geometria de tudo
se torne visível
pois a essência são fios dourados com cheiros a incenso

e quando a vida é demasiado bela, transborda e eterniza-se na arte...
é tudo tão lindo...

vamos fazer ecos de Beleza por todo o lado

e já que foi tudo acelerado
pois estava tudo atrasado

vamos, vamos... seguindo o caminho...
dizendo adeus com um sorriso e um choro baixinho...e a certeza do reencontro
dizendo olá com confiança no futuro já conhecido e profetizado

Nunca há adeus que cheguem
Nunca há olhares que cheguem

Quanto já chorámos... quanto já rimos... quanto choraremos... quanto riremos...que deixemos escorrer dos nossos narizes o ranho sublime

Vamos dormir bem perto do Fogo e escutar o que ele tem para nos dizer

tenham uma boa tempestade,
falamos numa linguagem para além de qualquer linguagem
dançaremos melodias
cristalizando emoções
que ressoam com as esferas

pintemos o mundo,
elevemos o céu,
deixemos novas camadas e texturas em cada olhar

A arte é um mar infinito de expressão para explorar
mas para quem escuta o que só o silêncio consegue expressar
transforma-se em fios dourados de essências da geometria sagrada de tudo
tocar piano é fazer tapeçaria

Mergulhemos fundo
para quando emergirmos, recordemos os sorrisos em mil olhares

que dançemos com as mudanças
em vez de lutarmos contra as marés
que sejamos uma folhinha de outono esvoaçando contente como se estivéssemos na feira popular
sem sabermos onde vai aterrar
mas aprendendo a confiar
e aprendendo a recordar, pondo o hemisfério direito a funcionar
até hiper-ventilar!

com muito amor,
teresa